Sentia-se a secar
como se as palavras
não fossem suas
a inspiração perdia-se
algures entre
a sede de viver
e a sede de ser
sem medir o tempo
apenas viveu
cada momento
de um novo despertar
de amor
Talvez acorde um dia
mas por agora
fica envolvida
num adormecer
de palavras
em silêncios
propositadamente
contidos
no secar
dos sentidos
terça-feira, 26 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
(in)certa
Num suspiro de alma
foi desfolhado um coração
como as páginas
de um livro em branco
uma imagem
se gravou em silêncio
em cada uma delas
Numa incerteza
abriu as asas frágeis
marcadas de rasgos
intemporais desiguais
Com medo caminhava
lentamente
ouvia os suspiros
de tempos passados
trazidos pela brisa nocturna
Sentiu o frio polar
no rasgar
das folhas de um outono
esquecido
Aconchegou-se
e esqueceu-se
na certeza de uma vida
(in)certa
foi desfolhado um coração
como as páginas
de um livro em branco
uma imagem
se gravou em silêncio
em cada uma delas
Numa incerteza
abriu as asas frágeis
marcadas de rasgos
intemporais desiguais
Com medo caminhava
lentamente
ouvia os suspiros
de tempos passados
trazidos pela brisa nocturna
Sentiu o frio polar
no rasgar
das folhas de um outono
esquecido
Aconchegou-se
e esqueceu-se
na certeza de uma vida
(in)certa
domingo, 17 de outubro de 2010
O sentir das Palavras
Do sentir
fez o seu ser
de palavras amadas
desarmadas
escreveu
como se o amanhã
não existisse
num presente
corrente
em linhas abstractas
transcreveu prosas
fechou portas
abriu janelas
construiu caminhos
intemporais
banais para os demais
num sentir de palavras
nas quais mergulhou
sem se cansar
Ainda hoje
vive do sentir
num amar de linhas
e entrelinhas
num ser poeta
sem o saber ser
fez o seu ser
de palavras amadas
desarmadas
escreveu
como se o amanhã
não existisse
num presente
corrente
em linhas abstractas
transcreveu prosas
fechou portas
abriu janelas
construiu caminhos
intemporais
banais para os demais
num sentir de palavras
nas quais mergulhou
sem se cansar
Ainda hoje
vive do sentir
num amar de linhas
e entrelinhas
num ser poeta
sem o saber ser
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Rasga-se
Num desgaste incerto
rasgaram-se nuvens
leves
frágeis
mas resistentes
resistiam
persistiam
a ventos glaciares
ao sol abrasador
a tempestades sentidas
a rajadas cuspidas
pelo céu em fúria
Amarga procura
de um rasgar
destemido
de corpos enlaçados
enraízados
Da natureza vem a força
do renascer
de um amor seco
onde as palavras
se libertam em ecos
em enigmas
rasgados
despidos e sentidos
rasgaram-se nuvens
leves
frágeis
mas resistentes
resistiam
persistiam
a ventos glaciares
ao sol abrasador
a tempestades sentidas
a rajadas cuspidas
pelo céu em fúria
Amarga procura
de um rasgar
destemido
de corpos enlaçados
enraízados
Da natureza vem a força
do renascer
de um amor seco
onde as palavras
se libertam em ecos
em enigmas
rasgados
despidos e sentidos
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
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