domingo, 17 de outubro de 2010

O sentir das Palavras

Do sentir
fez o seu ser
de palavras amadas
desarmadas
escreveu
como se o amanhã
não existisse
num presente
corrente
em linhas abstractas
transcreveu prosas
fechou portas
abriu janelas
construiu caminhos
intemporais
banais para os demais
num sentir de palavras
nas quais mergulhou
sem se cansar

Ainda hoje
vive do sentir
num amar de linhas
e entrelinhas
num ser poeta
sem o saber ser