Num suspiro de alma
foi desfolhado um coração
como as páginas
de um livro em branco
uma imagem
se gravou em silêncio
em cada uma delas
Numa incerteza
abriu as asas frágeis
marcadas de rasgos
intemporais desiguais
Com medo caminhava
lentamente
ouvia os suspiros
de tempos passados
trazidos pela brisa nocturna
Sentiu o frio polar
no rasgar
das folhas de um outono
esquecido
Aconchegou-se
e esqueceu-se
na certeza de uma vida
(in)certa
1 comentário:
Belíssimo poema. Gostei!!!
Enviar um comentário