sábado, 13 de novembro de 2010

O teu enigma

Vivia de sorrisos discretos
apenas ele os conseguia
definir e sentir
na noite fez o seu dia
refugiado na sombra
de sonhos imaginados
e por ele pensados

Nesse corpo
tocava uma melodia
por poucos ouvida
por poucos sentida
a melodia da liberdade

Por entre silêncios
construiu o seu mundo
entre silêncios
amava sem o dizer
perdera a vontade
de o exprimir

Nas linhas do tempo
escreveu a sua história
na sede do mais querer
atreveu-se a abraçar
a dor da mudança
as raízes dos seus pés
gritavam de uma saudade
ainda ausente

O mundo abriu-se finalmente
aos seus olhos
será que o viu?
do outro lado da mudança
talvez estivesse tudo
a sua espera
ou simplesmente o medo
de se perder na eternidade
de um nada
sem gosto
nem rosto

Nestas linhas
pintei o teu rosto
no meu corpo
ficou o teu gosto

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